segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Cuca Super legal - Educação, comportamento e orientação educacional.(escolas): Textos para reflexão...Ótimos para sala de aula.

Cuca Super legal - Educação, comportamento e orientação educacional.(escolas): Textos para reflexão...Ótimos para sala de aula.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Diário de uma pedagoga

   Tenho estado muito afastada do meu blog, pois estou direcionando meu tempo, minhas pesquisa para minha página "Diário de uma pedagoga". Peço a todos que me seguem por aqui, que curtiram meus textos, minhas postagens que visitem o diário, me add em meu face pessoal Tania Rodrigues. Todos serão muito bem vindos. No diário compartilho textos meus e de educadores, atividades, vídeos, sites, blogs, enfim tudo que possa ajudar educadores, pedagogas, estudantes de pedagogia e magistério. Respondo qualquer questão oriento sobre tudo, ajuda nas pesquisa, nas produções. Como tenho me dedicado muito ao diário convido a todos para participarem comigo por lá. Somos elos de uma grande corrente em prol da educação de qualidade que nossos educandos e nosso país merece. Deixo os links do diário e do meu face pessoal para quem se interessar. Muito Obrigada. Juntos somos muitos..



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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

A LUTA DOS EDUCADORES DO RIO DE JANEIRO

Policiais dispersam manifestantes na Câmara do Rio (Foto: Marcos de Paula/Estadão Conteúdo)

Policiais dispersam manifestantes na Câmara com spray (Foto: Marcos de Paula/Estadão Conteúdo    Assim são tratados os educadores em greve por melhorias salariais, que nem chegam aos pés do que ganham deputados, senadores, para cometerem as atrocidades que andam cometendo com essa nação. A prefeitura do Rio de Janeiro não pode acatar um salário que não dará conta de pagar, lógico que não dará mesmo, muito dinheiro foi gasto para construção dos estádios. A preocupação do RJ agora é Olimpíadas, copa do mundo....Educadores ganharem bem? para quê? Para terem condições melhores de comprar livros, revistas, se informarem e assim formarem cidadãos? Não, isso não pode acontecer, cidadãos pensam, questionam, aprendem a votar.   É passada a hora de uma parada geral de todos os educadores desse país, de norte à sul, escolas fechadas. Acorda Brasil, não durma novamente...Vamos para a luta??

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Pedagogo versus educador..minha prática.

   Durante o meu curso de magistério, nos estágios e mesmo dentro da própria escola em que eu cursava e depois nos estágios do curso de pedagogia pude observar o tão delicada e difícil é a relação pedagogo/professor. Nas séries iniciais nem tanto, a convivência pode até ser agradável, mesmo com alguns pequenos tropeços, mas quando se trata dos professores de áreas tudo fica mais complicado.
   Os professores não acham que devem atender ao pedagogo, sentem-se capazes de dominar toda e qualquer técnica ou não usar técnica nenhuma, os pedagogos por sua vez pensam que devem ser "obedecidos", e ai a guerra está travada. Nem todos os professores do quinto ano para frente são como eu descrevi, como nem todo pedagogo se acha dono da razão. Porém na minha trajetória de pedagoga fui percebendo os "erros" de ambos os lados. Estudei muito, li muito sobre o que era ser pedagoga, qual o nosso papel perante o professor e principalmente perante o objetivo que queríamos alcançar, o aprendizado do aluno.
   Quando o pedagogo percebe a dificuldade da vida do professor ele imediatamente deveria colocar em prática a sua inteligência interpessoal, aquela em que se prima por um bom relacionamento com quem se trabalha. Vejamos, em nosso país o professor para sobreviver com o mínimo de dignidade tem que atuar em dois ou três períodos, façamos a conta: em cada turno ele deve dar aula em quatro salas, se cada sala tiver no mínimo de 30 alunos, nesse primeiro turno ele ministrou aula para cento e vinte alunos, se ele atender em mais dois turnos nesse mesmo patamar, no final do dia serão trezentos e sessenta alunos. Bem, conteúdos diferentes por que são séries diferentes, trabalhos, provas para corrigir, atividade extra classe, extra planejamento que chegam à escola de cima para baixo. Como esse professor encontrará tempo para estudar, reciclar, ler? Ai entra o pedagogo, mas não entra para mandar, exigir. Entra para ajudar, cooperar, vocês devem se perguntar agora pedagogos: como fazer isso se eles não aceitam? Eu respondo pela minha prática, aceitam sim, tudo dependerá da maneira que você o abordará, oferecerá sua ajuda.
   Sempre conversei com meus professores que eu estava ali para apoiá-los, pesquisar por eles o que eles não tinham tempo de fazer, me colocava como amiga, como parte da equipe, e que juntos eramos cada um elo de uma corrente. Pesquisava uma música, por exemplo: Pra não dizer que não falei das flores(Geraldo Vandré), pesquisava como poderia desenvolver uma aula de história com ela e entregava ao professor de história, porém sempre deixava claro que ele é que era o dono da sala, ele é que conhecia seus alunos, logo ele teria liberdade de usar ou não, de mexer, mudar o planejamento, bastava isso para ele sentir vontade de fazer e ainda me chamar para assistir a aula. Isso com português, matemática e todos os outros conteúdos. Eu ganhava o professor.
   Todos precisam de elogios no que fazem e isso sempre fiz, elogiava e muito, por que quando era necessário chamar o professor apara alertá-lo sobre a queda  de aproveitamento da turma, ele me ouvia e juntos discutíamos a situação, procurávamos juntos a solução.
   Não é fácil para nenhum dos dois lados chegar a essa convivência, porém não é impossível, e na minha opinião os passos para essa harmonia quem deve dar é o pedagogo, ele com certeza é menos assoberbado de serviço que o professor. Esse é o nosso papel, contribuir, ajudar, amparar, corrigir caminhos, mas isso deve ser feito lado a lado, somos uma equipe.
   O trabalho em escola não é fácil e jamais será, lidamos com vidas, com pensamentos, com ideias, e cada dia mais com problemas familiares, mas não é impossível você ganhar sua equipe, para uma união em busca do mesmo objetivo.
   Meus professores costumavam dizer que eu tinha um jeito de pedir algo, alguma aula diferente, mas que eu fazia isso de uma maneira que eles chegavam a pensar que a ideia era deles, por que eu estimulava o fazer, elogiava, levava ao conhecimento do diretor o excelente trabalho que fizeram. Logo a minha dica é essa, inteligência interpessoal, companheirismo, entender a dificuldade que é enfrentar uma sala de aula. O pedagogo que só cobra, que só critica não vai chegar a lugar nenhum, podem ter certeza, pois o professor vai até pegar sua ideia, porém não vai colocá-la em prática.
   Mude sua visão sobre os educadores, transmita a eles a alegria de ser educador, a importância de ser educador e principalmente demonstre sempre que toda a escola é uma EQUIPE.....

                                                                              Tania Rodrigues
                                                                                  Pedagoga
 

terça-feira, 24 de setembro de 2013

www.facebook.com/DiarioDeUmaPedagoga.

   Essa é minha página , criada para que eu possa ajudar pedagogos, educadores, estudantes de pedagogia, magistério. Sabemos que o educador desse país precisa se desdobrar em 3 turnos para sobreviver, estudantes de pedagogia sempre são educadores durante o dia, sendo assim, logicamente não sobra tempo para pesquisar o que é preciso para inovar, para dar mais sabor ao saber de seus educandos
   Me coloco à disposição para estar ajudando, indicando atividades, filmes, sites, blogs, enfim em tudo que precisarem. Podem também me add no meu face pessoal Tania Rodrigues. Mandem por mensagens suas dúvidas, seus pedidos de ajuda, tenho tempo livre para isso. Meu intuito é ajudar vocês , para que juntos possamos dar mais qualidade à educação, ao processo ensino aprendizagem.
Abraços,
                                            Tania Rodrigues
                                               Pedagoga

O que é a Prática Pedagógica???

“Ocorre que a escola, se vê diante de demandas
contraditórias em termos de socialização: de um lado precisa
estimar a crítica, a autonomia e a participação e, de outro,
a disciplina e a submissão ao trabalho”.
José Carlos Libâneo


2. O QUE É PRÁTICA PEDAGÓGICA?

   Prática é a execução repetida de um trabalho com a finalidade de adquirir
habilidade. Para Freire (1983, p. 40) "[...] a práxis, porém, é ação e reflexão dos
homens sobre o mundo para transformá-lo". Portanto, a prática é a ação para
transformação. A prática pedagógica como qualquer outra atividade, necessita de
estudos sucessivos, de pesquisa, de embasamento e de renovação para que o
profissional do ensino cause mudanças sociais através do seu trabalho. Mas afinal,
o que é prática pedagógica?
   Para muitos docentes a prática não exige teoria, basta ser praticada, o equívoco
está exatamente neste ponto, considerando que existe uma interdependência entre
a teoria e a prática, uma relação que acontece em torno da contradição, onde uma
não existe sem a outra. E o que é teoria? Freire (1979) destaca que teoria é um
princípio de inserção do homem na realidade, existindo nela, conseqüentemente
promove sua concepção da vida social e política. Portanto, para Paulo Freire a
relação teoria x prática é uma reflexão teórica, uma atitude do homem face ao
homem e do homem face à realidade.
   A prática pedagógica é uma prática social orientada por objetivos, conhecimentos e
finalidades e inserida no contexto da prática social (VEIGA, 1992). Já para Souza
(2010) a prática pedagógica ultrapassa os limites da esfera escolar, fazendo parte
também da dinâmica das relações sociais. Para Leal (2004) “[…] a prática
pedagógica constitui uma das categorias fundamentais da atividade humana, rica
em valores e significados, pois a questão metodológica se torna, muitas vezes, tão
essencial quanto o conhecimento.”
   Na filosofia da educação a prática pedagógica é entendida de maneira diversa, os
comportamentalistas acreditam que é uma atividade passível de observação, com
resultados que possam ser comprovados. Os humanistas colocam as relações
humanas como ponto de partida primordial para o processo de ensino aprendizagem. Já os cognitivistas entendem que ela tem a capacidade de desenvolver o raciocínio do aluno auxiliando-o na resolução de problemas. Machado
(2005, p. 127) explica que:
[...] a atividade crítica e criativa do aluno é fundamental para a ocorrência de
aprendizagem significativa, a prática pedagógica precisa incluir a atividade
deste agente, sem a qual não poderá ser entendida como prática
pedagógica. A atividade que exclui a participação ativa do estudante é um
equívoco pedagógico.
   A prática pedagógica é composta por atividades desenvolvidas rotineiramente no
cenário escolar, tendo como agentes envolvidos o professor e o aluno. De acordo
com Pavão e Gomes (2010):
[...]a atividade pedagógica implica sempre em um movimento de trocas
entre professor, alunos e conteúdos de ensino. A organização do sistema de
ensino repercute em uma proposta organizada e apresentada aos alunos.
   Considerada como a proposta ideal ou apenas inicialmente ideal, a partir da
qual decorrem as demais ações educacionais.
É importante lembrar que a prática pedagógica nem sempre alcançará os objetivos
determinados pelo planejamento inicial, porém pode-se considerar que
independentemente dos resultados, haverá algum tipo de aprendizagem por parte
dos envolvidos.
   Ferreira (2010) comenta que “ [...]toda a ação educativa implica necessariamente
uma intencionalidade, porque é uma ação política [...]”. Assim, a educação é
concebida como ato político e de comunicação, pois não existe uma ação sem uma
reação. Tudo o que é transmitido pelo emissor da mensagem, de alguma forma será
percebido pelo destinatário, negativa ou positivamente.
   O professor é um provocador de situações que associadas à realidade dos
educandos, contribuem para a geração de conhecimentos, mas não somente
conhecimentos relativos ao conteúdo determinado pelo plano de aula, mas àqueles
que os fazem refletir sobre o seu papel para com a sociedade em que estão
inseridos. Quanto ao papel do professor, Ferreira (2010) lembra que:
[...]o professor precisa se constituir no profissional reflexivo e da reflexão na
ação, tendo a reflexão como fundamento de suas práticas, considerando-se
que aquilo que o professor pensa sobre educação determina o que o
professor faz em suas práticas pedagógicas.
   Refletir acerca da prática pedagógica é fundamental para a atuação do professor,
estabelecendo equilíbrio entre o conhecimento curricular e o conhecimento adquirido por meio de experiências pessoais, convicções culturais e posicionamento social.
   Para que a ação pedagógica obtenha sucesso, Galveia apud Estrela et al. (2002)
cita alguns pontos que podem norteá-la: deve analisar as situações reais da
atividade profissional; ser orientada ao desenvolvimento de competência técnica;
auxiliar quanto à autonomia do professor; focar atividade do professor, além da sala
de aula, observando os contextos em que esta pode desenvolver-se; valorizar o
trabalho em equipe; deve fazer uma ponte entre os saberes já adquiridos e os
questionamentos que surgem no decorrer da ação.
   Visando o aperfeiçoamento e a democratização da prática pedagógica, a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/1996) proporcionou autonomia às
escolas no tocante à construção de seus projetos políticos pedagógicos (PPPs), o
que aumentou consideravelmente as exigências sobre a atualização dos
professores.
   De acordo com Fusinato e Iramina (2004) as mudanças propostas pela nova LDB
estão sendo implementadas gradativamente nos três níveis de ensino (fundamental,
médio e superior), provocando incertezas entre os educadores, com relação à
melhor maneira de proceder, para se atingir uma ação pedagógica eficaz.
   Uma das grandes incertezas do profissional da educação está na dicotomia teoria x
prática. Paulo Freire, grande educador, compreende que a teoria é um mecanismo
de inserção do homem na realidade, existindo nela, ele mesmo promove suas
concepções de vida social e política: Portanto, enfatiza o caráter transformador da
teoria, o qual envolve uma reflexão crítica da realidade. Já a prática, é percebida
como a ação do homem sobre o mundo a fim de transformá-lo.
    É preciso que fique claro que, por isto mesmo que estamos defendendo a
práxis, a teoria do fazer, não estamos propondo nenhuma dicotomia de que
resultasse que este fazer se dividisse em uma etapa de reflexão e outra,
distante, de ação. Ação e reflexão e ação se dão Simultaneamente.
(FREIRE, 1983, p. 149)
   Portanto, não há como dissociar a teoria da prática, as duas simplesmente não se
separam, e são elas que atribuem um caráter libertador ao saber. O educador deve
ter consciência do poder de suas ações no meio educacional, elas podem adquirir um caráter opressor ou transformador, isso dependerá dos valores sociais e morais
implícitos que este profissional transmitirá aos educandos. A educação é uma forma
de intervir na realidade, Freire (1979) enfatiza que o ato pedagógico é uma ação que
cria um conhecimento do mundo.
   A prática pedagógica é percebida de várias maneiras, cada autor a conceitua de
acordo com seu conhecimento curricular e de mundo, e cada docente aplica aquilo
que entende corresponder às suas expectativas e dos seus alunos, e contribuir no
processo de ensino-aprendizagem.
 
Sintetizando as diversas definições, entende-se por prática pedagógica, a maneira
pela qual os educadores inserem elementos no planejamento de rotina, que
propiciem uma ligação de sucesso entre a teoria, a prática e a experiência individual
de cada educando, estimulando a busca por respostas dos problemas mais
desafiadores, levando-o a um posicionamento crítico frente à realidade. Agora que
as definições de prática pedagógica já foram lapidadas, compreenderemos melhor a
evolução da prática pedagógica, analisando as diferentes configurações que vem
assumindo no decorrer da história da educação.

Tendências Pedagógicas segundo Libâneo

Tendências Pedagógicas segundo Libâneo

O objetivo deste Resumo é verificar os pressupostos de aprendizagem empregados pelas diferentes tendências pedagógicas na prática escolar brasileira segundo a teoria de José Carlos Libâneo.Segundo Libâneo, as tendências Pedagógicas na prática escolar, dividem-se na seguinte estrutura:

1. PEDAGOGIAS LIBERAIS (NÃO-CRÍTICAS)

1.1 Tendência liberal Tradicional
2 Tendência liberal renovada progressiva
3 Tendência liberal renovada não-direta
4 Tendência liberal tecnicista

2. PEDAGOGIAS PROGRESSISTAS (CRÍTICAS)

2.1 Tendência progressista libertadora
2.2 Tendência Progressista Libertária
2.3 Tendência Progressista Crítico-Social dos Conteúdos. A partir do esquema acima iremos descrever por tópicos com suas respectivas analises: As tendências Pedagógicas na prática escolar, dividindo-se em Pedagogia Liberal e Pedagogia Progressista, sendo a liberal subdividida em Tradicional, Renovadora, Progressista, Renovada não diretiva e tecnicista e a Progressista em Libertadora, Libertária e crítica social de conteúdos.

1. PEDAGOGIAS LIBERAIS

1.1 Tendência liberal tradicional:Segundo LIBÂNEO, a tendência liberal tradicional sustenta a ideia de que a escola tem por função preparar os indivíduos para o desempenho de papéis sociais, de acordo com as aptidões individuais. Isso pressupõe que o indivíduo precisa adaptar-se aos valores e normas vigentes na sociedade de classe, através do desenvolvimento da cultura individual.Devido a essa ênfase no aspecto cultural, as diferenças entre as classes sociais não são consideradas, pois, embora a escola passe a difundir a ideia de igualdade de oportunidades, não leva em conta a desigualdade de condições. Esta tendência é uma justificação do sistema capitalista. Difunde a ideia de igualdades de condições. Os procedimentos didáticos, as relações professor/aluno não têm nenhuma relação com o cotidiano do aluno e muito menos com as realidades sociais.

1.2 Tendência Liberal renovada Progressivista Segundo essa perspectiva teórica de Libâneo, a tendência liberal renovada progressivista (ou pragmatista) acentua o sentido da cultura como desenvolvimento das aptidões individuais A escola continua, dessa forma, a preparar o aluno para assumir seu papel na sociedade, adaptando as necessidades do educando ao meio social, por isso ela deve imitar a vida. Se, na tendência liberal tradicional, a atividade pedagógica estava centrada no professor, na escola renovada progressivista, defende-se a ideia de "aprender fazendo", portanto centrada no aluno, valorizando as tentativas experimentais, a pesquisa, a descoberta, o estudo do meio natural e social, etc., levando em conta os interesses do aluno.Como pressupostos de aprendizagem, aprender se torna uma atividade de descoberta, é uma auto-aprendizagem, sendo o ambiente apenas um meio estimulador, conforme Libâneo. Só é retido aquilo que se incorpora à atividade do aluno, através da descoberta pessoal; o que é incorporado passa a compor a estrutura cognitiva para ser empregado em novas situações.O papel da escola é adaptar o aluno ao meio onde vive, enfatiza-se o aprender a aprender. O método utilizado é o trabalho em grupo, aprender fazendo. Não há lugar especial para o professor, ele tenta harmonizar a disposição do aluno.

1.3 Tendência Liberal Renovada Não-Diretiva Acentua-se, nessa tendência, o papel da escola na formação de atitudes, razão pela qual deve estar mais preocupada com os problemas psicológicos do que com os pedagógicos ou sociais, conforme Libâneo. Todo o esforço deve visar a uma mudança dentro do indivíduo, ou seja, a uma adequação pessoal às solicitações do ambiente.Aprender é modificar suas próprias percepções. Apenas se aprende o que estiver significativamente relacionado com essas percepções. A retenção se dá pela relevância do aprendido em relação ao "eu", o que torna a avaliação escolar sem sentido, privilegiando-se a auto-avaliação. Trata-se de um ensino centrado no aluno, sendo o professor apenas um facilitador, ou seja, o papel da escola é promover o auto desenvolvimento pessoal, os alunos buscam por si mesmo os conhecimentos. O professor é o próprio método, é facilitador. A educação é centrada no aluno, o professor é especialista em relações humanas.

1.4 Tendência Liberal Tecnicista. A escola liberal tecnicista, segundo Libâneo, atua no aperfeiçoamento da ordem social vigente (o sistema capitalista), articulando-se diretamente com o sistema produtivo; para tanto, emprega a ciência da mudança de comportamento, ou seja, a tecnologia comportamental. Seu interesse principal é, portanto, produzir indivíduos "competentes" para o mercado de trabalho, não se preocupando com as mudanças sociais. O papel da escola é produzir indivíduos competentes para o mercado de trabalho. Os conteúdos de ensino são por princípios científicos. Os métodos de ensino são através de procedimentos que assegurem a transmissão e recepção de informações. O professor é o elo entre a verdade científica e o aluno.


2. PEDAGOGIAS PROGRESSISTAS

2.1 Tendência Progressista Libertadora. As tendências progressista libertadora e libertária têm, em comum, a defesa da autogestão pedagógica e o anti-autoritarismo. A escola libertadora, também conhecida como a pedagogia de Paulo Freire, vincula a educação à luta e organização de classe do oprimido.Como pressuposto de aprendizagem, a força motivadora deve decorrer da codificação de uma situação-problema que será analisada criticamente, envolvendo o exercício da abstração, pelo qual se procura alcançar, por meio de representações da realidade concreta, a razão de ser dos fatos. Assim, como afirma Libâneo, aprender é um ato de conhecimento da realidade concreta, isto é, da situação real vivida pelo educando, e só tem sentido se resulta de uma aproximação crítica dessa realidade. Portanto o conhecimento que o educando transfere representa uma resposta à situação de opressão a que se chega pelo processo de compreensão, reflexão e crítica.

2.2 Tendência Progressista Libertária. A escola progressista libertária parte do pressuposto de que somente o vivido pelo educando é incorporado e utilizado em situações novas, por isso o saber sistematizado só terá relevância se for possível seu uso prático. Segundo Libâneo, a ênfase na aprendizagem informal, via grupo, e a negação de toda forma de repressão, visam a favorecer o desenvolvimento de pessoas mais livres. No ensino da língua, procura valorizar o texto produzido pelo aluno, além da negociação de sentidos na leitura. Esta tendência caracteriza-se pela auto-gestão pedagógica, pelo processo de aprendizagem grupal, é uma educação popular, não formal.

2.3 Tendência Progressista Crítico-Social dos Conteúdos Conforme Libâneo, a tendência progressista crítico-social dos conteúdos, diferentemente da libertadora e libertária, acentua a primazia dos conteúdos no seu confronto com as realidades sociais. A atuação da escola consiste na preparação do aluno para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo-lhe um instrumental, por meio da aquisição de conteúdos e da socialização, para uma participação organizada e ativa na democratização da sociedade.Na visão da pedagogia dos conteúdos, admite-se o princípio da aprendizagem significativa, partindo do que o aluno já sabe. A transferência da aprendizagem só se realiza no momento da síntese, isto é, quando o aluno supera sua visão parcial e confusa e adquire uma visão mais clara e unificadora, acentuando a primazia dos conteúdos no seu confronto com as realidades sociais. A escola serve como mediadora entre o indivíduo e o social, estimulando o saber elaborado.Considerações finais:De acordo com este resumo do quadro teórico de José Carlos Libâneo, deduz-se que as tendências pedagógicas liberais, ou seja, a tradicional, a renovada e a tecnicista, por se declararem neutras, nunca assumiram compromisso com as transformações da sociedade, embora, na prática, procurassem legitimar a ordem econômica e social do sistema capitalista.Já as tendências pedagógicas progressistas, em oposição às liberais, têm em comum a análise crítica do sistema capitalista.

[1] Libâneo, José Carlos. Tendências pedagógicas na Prática Escolar. Resumo das Págs. 22 -30.